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Transplante de Córnea

Geralmente, um transplante de córnea é indicado se a córnea é tão afetada por uma cicatrização ou deformação que a visão não pode ser restaurada por nenhum outro método.

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Nossos olhos são envolvidos por uma pele protetora, que é transparente à parte anterior do globo ocular e se chama córnea.

Ela serve não apenas para proteger os órgãos sensoriais sensíveis, mas também responsável por outras funções: deixa passar a luz para o interior do olho e, com o cristalino, é responsável pela refração da luz, o que nos permite ver claramente o que está à nossa volta.

Geralmente, um transplante de córnea é indicado se a córnea é tão afetada por uma cicatrização ou deformação que a visão não pode ser restaurada por nenhum outro método.

O que é transplante de córnea?

Transplante de córnea consiste em um procedimento cirúrgico em que a córnea doente ou lesionada é substituída pela córnea de um doador, que pode ser na sua totalidade ou parte dela.

A córnea que será transplantada é sempre colhida de um doador morto, com idade entre 2 e 80 anos, desde que a família tenha autorizado a doação.

Assim que é retirada, é analisada em laboratório para garantir que esteja em bom estado e se o indivíduo não tinha doenças, como hepatite e Aids.

Quando é necessário o transplante de córnea?

A córnea é a parte mais vulnerável do olho. Ao entrar em contato com calor, agressões externas, infecções, doenças ou mesmo corpos estranhos, pode haver uma lesão na córnea e perder sua transparência, até se tornar opaca.

Portanto, o procedimento é necessário em patologias associadas à curvatura da córnea, e casos como ceraopatia bolhosa, ceratocone, úlcera de córnea, leucomas corneanos, entre outras.

Também pode ser indicado em casos de falta de transparência.

Quem pode fazer um transplante de córnea?

Em primeiro lugar, o oftalmologista vai avaliar o caso e solicitar exames para verificar a necessidade da cirurgia.

Mas, geralmente, quem apresenta alterações na transparência e curvatura da córnea pode fazer um transplante de córnea, como ceratocone, distrofias, cicatrizes, etc.

Outro caso é se houver uma perfuração com perda de tecido corneano, por exemplo, úlcera de córnea perfurada.

Quando o transplante de córnea é indicado?

Existem diversas situações em que o transplante de córnea é indicado:

  • Traumatismos, que geralmente são causados por acidentes, onde pode haver perfuração da córnea, queimaduras, entrada de corpos estranhos, etc.;
  • Ceracotone;
  • Infecções corneanas;
  • Doenças congênitas e degenerativas, como a distrofia de Fuchs;
  • Ceratopatia bolhosa;
  • Edema excessivo da córnea;
  • Rejeição em um transplante anterior.

Após uma avaliação oftalmológica, o médico vai analisar a necessidade ou não do transplante.

Lente que evita transplante de córnea

Uma das indicações para o transplante de córnea é o ceracotone em estágio avançado, onde a lente esclerial pode não só evitar o transplante como o implante de anel corneano.

É uma alternativa menos invasiva para quem não consegue boa correção visual com óculos ou lente de contato convencional.

O ceratocone afina e deforma a córnea, distorcendo a visão de perto e de longe, sendo responsável por 7 em cada 10 transplantes no Brasil.

Tipos de transplante de córnea

De acordo com o número de camadas transplantadas, existem dois tipos de transplante de córnea: Penetrante e Lamelar.

O transplante de córnea penetrante ocorre quando todas as camadas são transplantadas, sendo indicado onde o transplante lamelar não é possível.

Isso porque, a taxa de rejeição é mais elevada, e o tempo de recuperação e erros refrativos são significantemente maiores.

Já o transplante de córnea lamelar é quando apenas parte das camadas forem transplantadas, sendo o mais adequado quando a doença afetou somente uma área da córnea.

Geralmente, os transplantes penetrantes costumam ser feitos com suturas. Já os lamelares podem ser feitos sem a necessidade de pontos, dependendo da técnica cirúrgica utilizada.

Como é feito o transplante de córnea?

Após o cirurgião ter definido o tipo de transplante de córnea, durante a cirurgia, uma parte ou toda a córnea doente ou danificada é retirada e substituída pela córnea sadia.

Dependendo do caso, o médico especialista em transplante de córnea pode optar por anestesia local ou geral, e em seguida, retira a córnea doente.

Então é substituída pela córnea sadia, que é suturada com um fio de nylon ultra fino.

Quanto tempo demora uma cirurgia de transplante de córnea?

Em média, a cirurgia de transplante de córnea dura 60 minutos, que pode ser sob anestesia local ou geral, dependendo do caso.

Como é o pós-operatório do transplante de córnea?

O pós-operatório consiste em colírios antibióticos e para evitar a rejeição de 6 meses a um ano. Em alguns casos de risco, um tratamento imussupressor deve ser realizado.

Geralmente, recomenda-se o uso de um oclusor para proteger o olho após a cirurgia e repouso.

Em seguida, é necessário observar por vários meses, que vai se acompanhar de uma redução progressiva do uso dos colírios.

Quanto tempo demora a recuperação do transplante de córnea?

A recuperação do transplante de córnea é relativamente rápida, onde o paciente pode viver normalmente e retomar suas atividades, mas em média é 4 semanas.

No entanto, alguns esportes de contato são proibidos por conta do risco elevado de traumatismo, por exemplo, boxe.

A maioria das pessoas submetidas ao transplante de córnea terá a visão, pelo menos parcialmente restaurada.

Quanto tempo demora para cicatrizar a córnea?

A cicatrização completa pode levar até 12 meses, e após esse período, alguns profissionais optam por remover os pontos cirúrgicos, enquanto outros preferem manter permanentemente.

Como a córnea não tem suprimento de sangue, o tempo de cicatrização é lento.

Como saber se arranhou a córnea?

A córnea é uma das partes mais sensíveis do corpo, e mesmo um arranhão leve pode ser bastante doloroso.

Os principais sinais que indicam a córnea arranhada são:

  • Vermelhidão;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Sensibilidade à luz;
  • Dor de cabeça;
  • Visão turva;
  • Contração do olho.

É importante estar atento a esses sinais e consultar o quanto antes o oftalmologista.

Riscos do transplante de córnea?

Um dos riscos é se houve anteriormente uma grave inflamação do olho: uma consequência das reações inflamatórias no corpo é a injeção de pequenos vasos sanguíneos no tecido inflamado.

Nesse caso, uma análise aprofundada do doador e receptor é necessária para garantir que as características genéticas correspondam.

Além disso, os riscos são semelhantes a qualquer outro procedimento intraocular, entre os quais se destacam:

  • Descolamento ou deslocamento do transplante lamelar;
  • Infecções;
  • Descolamento da retina;
  • Surgimento de catarata e glaucoma;
  • Deformação da pupila;
  • Rejeição da córnea.

Rejeição do transplante de córnea?

A córnea do olho é normalmente desprovida de vasos sanguíneos.

Por consequência, nos casos normais, não há praticamente reação de rejeição, pois todas as células imunológicas responsáveis por essa reação circulam na circulação sanguínea.

Esse é o motivo pelo qual a taxa de sucesso do transplante de córnea é muito elevada, mais de 90%.

No entanto, existem casos onde pode haver uma rejeição, cujos principais sintomas incluem:

  • Dor;
  • Olho avermelhado;
  • Sensibilidade à luz;
  • Lacrimejamento;
  • Visão reduzida.

Quem tem glaucoma pode fazer transplante de córnea?

O transplante de córnea não é indicado para quem tem glaucoma, porque é uma doença que causa danos ao nervo óptico.

Por sua vez, o transplante de córnea é tratamento para doenças da córnea, que não é o caso do glaucoma.

Quantos anos dura um transplante de córnea?

O tempo de duração de um transplante de córnea depende da viabilidade das células que foram transplantadas e da ausência de rejeição.

Para uma maior durabilidade, é preciso que o transplante permaneça transparente por vários anos e tenha uma quantidade de células suficientes para manter o bom funcionamento de todo o endotélio da córnea e a espessura de uma córnea normal.

Quem pode ser doador de córnea?

Na verdade, qualquer pessoa pode ser doadora de córnea, e por isso é tão importante fazer uma campanha de doação de órgãos, pois é preciso deixar um documento informando que é doador ou comunicar à família.

E mesmo com todas as campanhas, algumas famílias ainda não autorizam, o que afeta diretamente a redução do número de transplantes.

É seguro para o paciente receber um tecido ocular doado?

Sim, pois existe um controle rigoroso sobre a qualidade das córneas doadas, feito pelo Banco de Olhos.

Dessa forma, é a segurança de estar recebendo um tecido ocular de boa qualidade, livre de qualquer risco de transmissão de doenças infecciosas.

Como faço para entrar na fila de transplante de córnea?

Em primeiro lugar, é necessário consultar um oftalmologista especializado em córnea para avaliar o caso e fazer os exames.

Confirmando a necessidade, o médico irá encaminhar a solicitação da cirurgia para a Central de Transplante Estadual, a qual está integrada ao Sistema Nacional de Transplantes, que está submetido ao Ministério da Saúde.

Nesse momento, o paciente fica sabendo qual a sua posição na fila, a qual obedece uma ordem cronológica, de acordo com a época de inscrição.

Quanto custa um transplante de córnea?

O Código de Ética não permite a divulgação do valor do transplante de córnea, e apenas uma avaliação clínica, o profissional poderá dar uma estimativa de preço.

Além disso, pode haver uma variação de acordo com a região do país, a clínica e o profissional que vai realizar a cirurgia.

É essencial manter as consultas regulares com o oftalmologista especialista em transplante de córnea, a fim de prevenir qualquer tipo de problema ocular e garantir uma visão saudável!

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